sábado, 19 de outubro de 2013




feel this baby isn't mine
i look at it and just can't recognize it
it's not mine
this baby isn't mine.

yet,

don't steal my baby from me.






sábado, 12 de outubro de 2013


"Janaína acorda todo dia às quatro e meia
E já na hora de ir pra cama, janaína pensa
Que o dia não passou
Que nada aconteceu"

janaína cansou de beijos quádruplos
janaína acreditava no amor
acreditava piamente
mas janaína não encontra
janaína encontra alguéns perdidos
tão perdidos quanto ela
perdidos em seus próprios problemas
janaína volta a ficar sozinha
jogada em experiências vãs nas noites que não acabam.
janaína se entorpece de drogas
se entorpece de pessoas
mas nada disso a satisfaz
janaína não acredita em deus
nada a satisfaz
janaína, eterna insatisfeita.
janaína ouve músicas para amortecer suas dores
gosta de sentir que não é a única que sofre de pequenezas
por maiores que sejam suas pequenezas.
janaína quer casar
mas janaína não quer ficar sozinha até achar seu marido
janaína não consegue bancar sua solidão.
janaína não sabe se gosta de homens ou mulheres
mas sabe que quer um homem
um homem tão problemático quanto ela
porque sabe que com gente muito normal ela não dá certo.
janaína tem muitos amigos
mas quer um amigo pra ir com ela comprar pão na esquina
mas as esquinas são muito longes
e o pão anda muito caro.
janaína acorda de ressaca no meio da madrugada
e bebe água da torneira do banheiro
janaína não liga pra água da torneira
janaína liga para amores
janaína vive por amores
janaína respira amores
mesmo que não haja
janaína se alimenta disso
e vive com fome 
sempre com fome
morre de fome.

"Mas ela diz que apesar de tudo ela tem sonhos
Mas ela diz que um dia a gente há de ser feliz
Diz que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz que um dia a gente há de ser feliz
Se deus quiser..."

terça-feira, 8 de outubro de 2013



O que sobram são esses olhares, vagos demais, enquanto jogamos tudo no porta-luvas, na esperança de que aquela fita cassete velha vá sumir. As músicas que tocam são as mesmas, mas tem barulho demais, e não consigo ouvir nada do que você diz. E por mais que tente me decidir, não consigo abrir a porta e ir embora. Colocamos nossas caras pra fora do vidro, feito dois cachorros idiotas, e nessas horas alguma coisa parece fazer sentido. Essa sensação de segurança cega, no silêncio escuro enquanto me aperta, naquele beijo que não precisava ter dado antes de se levantar da mesa, nos momentos em que as palavras não tem lugar, antes das intempestividades sem sentido levarem tudo embora. E, afinal, o que que é possível desse caminho todo descompassado? Quantas vezes já não olhei repetidamente para o relógio, e quantas outras dormi e acordei pensando a mesma coisa... Pois algum sentido há de ter nesse desejo todo de passar as tardes olhando o céu pela sua janela.




Mas afinal, o que são sentidos e o que são migalhas?